Caro jornalista,
A defesa do Governador LHS é indigente, para não dizer ridícula.
“LHS se afastou por seis meses”. Digo eu: sim, para que assumisse o cargo de Governador um correligionário da importância partidária do Eduardo Pinho Moreira. Fê-lo exatamente para deixar o Governo do Estado livre para proceder da forma conhecida, e com a vantagem da obtenção desse álibi. Se permanecesse como Governador durante o período eleitoral, LHS chamaria para si todos os holofotes da oposição.
“As provas que estão nos autos são falsas ou fraudadas”. Nenhum advogado, por mais partidário e idólatra que fosse, e o do PP o é, se arriscaria a proceder dessa forma em um processo judicial tão público e com conseqüências tão graves quanto o eleitoral.
“Os ministros que, na primeira arrancada, votaram contra LHS, ‘não conheciam Santa Catarina direito’”. Dos três, eu não sei qual é o argumento mais fraco; mas, seguramente, este é o mais ridículo… Essa alegação de defesa traz embutida uma insinuação- falta coragem aos seus formuladores para explicitá-la, clara e objetivamente- de exculpação ou condenação baseada na posição política dos litigantes durante a ditadura militar. É exatamente o que tem apregoado o ex-Ministro José Dirceu em sua defesa no processo do mensalão. O passado condena ou exculpa… Ah, ah, ah!!! Pois só me resta ironizar: os Ministros do TSE, depois da realização do WTTC em Florianópolis, conhecem, sim, Santa Catarina, e muito bem…
